MLAG
Conferência
A Pessoa e o Self no diálogo inter-religioso: um estudo comparativo entre o cristianismo e o budismo
Person and Self in Interreligious Dialogue: A Comparative Study of Christianity and Buddhism
Rui Vieira da Cunha licenciou-se em Direito (2003) e exerceu advocacia por cinco anos, antes de concluir a licenciatura em Filosofia (2008). Tem uma pós-graduação em Medicina Legal (2004) e outra em Ensino (2009).
É membro do MLAG (Grupo de Mente, Linguagem e Acão) do Instituto de Filosofia da Faculdade de Letras da Universidade do Porto – a finalizar doutoramento sobre a metafísica e a ética do conceito de pessoa, do problema da identidade pessoal e da tecnologia.
De 2013 a 2016, integrou a Unidade de Comunicação Científica do IBMC, agora i3s (Instituto de Investigação e Inovação em Saúde), no projeto europeu NERRI (Neuro-Enhancement Responsible Research and Innovation).
Publicou vários artigos sobre aprimoramento humano, pessoalidade, identidade pessoal e tópicos conectados que constituem a maior parte da área de especialização de sua tese e atualmente está interessada em uma série de questões relacionadas, mas diferentes na interseção da filosofia e do direito (livre arbítrio , dignidade humana, melhoramento humano, transhumanismo, finalidades das penas, etc.).
É ainda docente na Business School da Universidade Católica do Porto (de Filosofia Social e Ética, de Cristianismo, Culturas e Organizações, e de Projeto Multidisciplinar, focado em argumentação, pensamento crítico e lógica informal) e membro do ARGH (Argumentation Hub), nos Media Innovation Labs da Universidade do Porto e integra a Comissão de Ética do IPO-Porto e a Comissão de Ética e Conduta Responsável do i3s-Porto.
Resumo da Conferência
Abstract
The concepts of ‘person’ and ‘self’ have been central to both philosophical and religious discourses, often serving as foundational constructs in understanding human nature, identity, and existential purpose. This paper will explore these notions within the frameworks of Christianity and Buddhism, two religions with rich theological and philosophical traditions.
Christianity posits the existence of an individual soul, created in the image of God. The Christian understanding of the ‘person’ is deeply intertwined with notions of inherent worth, divine purpose, and eternal destiny. The self, in Christian theology, (Turcescu 1997) is seen as a unique entity with an eternal trajectory, capable of communion with the Divine and destined for either eternal union or separation from God. (Zizioulas 1997)
In contrast, Buddhism, with its non-theistic foundation, seems to present a more fluid and de-centralized understanding of the self. Central to Buddhist thought is the doctrine of ‘anatta’ or ‘anatman’, often translated as ‘no-self’ or ‘non-self’. (Gombrich 2006) This doctrine challenges the existence of a permanent, unchanging self, suggesting instead that the individual is a composite of ever-changing physical and mental constituents. The Buddhist path, therefore, involves recognizing this impermanent nature of existence and transcending the cycle of birth, death, and rebirth. (Siderits 2003).
Despite these apparent differences, there are profound areas of convergence and complementarity (Embrey Burns 2003). Both traditions emphasize the transformative journey of the individual – whether it’s the Christian path of salvation and sanctification or the Buddhist journey towards enlightenment and Nirvana. Both also grapple with the challenges of human suffering, ethical living, and the quest for transcendence within a personal experience. (Correia 2012)
The paper delves into the philosophical underpinnings of these concepts in both traditions and explores the practical implications of these beliefs, examining how they influence individual identity, ethical behavior, and communal interactions.
In conclusion, by juxtaposing the Christian and Buddhist perspectives on ‘person’ and ‘self’, this paper offers a nuanced understanding of these complex notions, highlighting both contrasts and commonalities and seeking to foster mutual respect and to deepen interreligious dialogue and mutual understanding between these two religious traditions.