Faculdade de Medicina de Lisboa
Póster
Espiritualidade e risco cardiovascular
Spirituality and cardiovascular risk
Psiquiatra e Psicoterapeuta. Professor Agregado Jubilado de Psiquiatria e Saúde Mental e de Introdução às Ciências da Consciência, Faculdade de Medicina de Lisboa (FML). Diretor do Curso de Pós-Graduação em Hipnose Clínica e Experimental da FML (2001-2018). Diretor do LIMMIT – Laboratório de Interação Mente-Matéria de Intenção Terapêutica da FML (2015-2023). Interesses científicos: psicologia e psicofisiologia dos estados alterados e ampliados de consciência, hipnose clínica, etnomedicina, experiências excecionais humanas e psicologia e espiritualidade.
Resumo
O tema “Espiritualidade e risco cardiovascular” é altamente complexo, mas ao mesmo tempo impactante nos aspetos filosóficos, psicológicos e médicos. Em 1998, a Organização Mundial de Saúde colocou a espiritualidade na sua definição de saúde: “Saúde é um estado dinâmico de completo bem-estar físico, mental, espiritual e social, e não meramente a ausência de doença ou enfermidade.”
Se os estudos nesta área – da espiritualidade e conexão com saúde – foram iniciados por psicólogos, é na área da cardiologia, que os estudos médicos foram pioneiros.
Embora os resultados de estudos avaliando prática de espiritualidade/religiosidade e saúde cardiovascular não sejam todos concordantes, alguns demonstraram de modo significativo menores valores de pressão arterial sistólica e menor incidência de hipertensão arterial. O benefício torna-se mais consistente, se se associar a meditação mindfulness.
É interessante assinalar, que alguns pacientes de doenças cardiovasculares, conscientes que pessoas oravam por eles, referiram terem experimentado melhorias na qualidade de vida, relacionadas com a sua saúde.
Abstract
The topic “Spirituality and cardiovascular risk” is highly complex but at the same time impactful in philosophical, psychological and medical aspects. In 1998, the World Health Organization included spirituality in its definition of health: “Health is a dynamic state of complete physical, mental, spiritual and social well-being, and not merely the absence of disease or infirmity.”
If psychologists initiated studies in this area – spirituality and connection with health –, it is in the area of cardiology, where medical studies were pioneers.
Although the results of studies evaluating the practice of spirituality/religiosity and cardiovascular health do not agree, some have demonstrated significantly lower values of systolic blood pressure and a lower incidence of arterial hypertension. The benefit becomes more consistent if it is associated with mindfulness meditation.
It’s interesting to note that some patients with cardiovascular disease, who were aware that people were praying for them, reported experiencing improvements in their quality of life, related to their health.