Professor na Universidade Portucalense, Presidente do Inst. Cultural D. António Ferreira Gomes
Conferência
Imaginária Religiosa Cristã
Fonte de culto, devoção e espiritualidade
É Professor do Departamento de Turismo, Património e Cultura da Universidade Portucalense e na área da Licenciatura e Mestrado em Conservação e Restauro.
É Presidente da Direção do Instituto Cultural D. António Ferreira Gomes. Presidente da Associação Cultural Solar Condes de Resende – Confraria Queirosiana.
É membro do CEIB – Centro de Estudos da Imaginária Brasileira. Vice-Presidente da Assembleia Geral da Venerável Irmandade de Nossa Senhora da Lapa.
É Provedor do Estudante da Universidade Portucalense.
Trabalhos científicos:
Os Santeiros da Maia. Bracara Augusta, Braga: Câmara Municipal de Braga. (1978).
Aleijadinho. Dicionário da Colonização portuguesa no Brasil. Lisboa: Verbo, 1995, p. 38-39.
Barroco. Dicionário da Colonização portuguesa no Brasil. Lisboa: Verbo, 1995, p. 102-103.
Escultura. Dicionário da Colonização portuguesa no Brasil. Lisboa: Verbo, 1995, p. 306-307.
Pintura. Dicionário da Colonização portuguesa no Brasil. Lisboa: Verbo, 1995, p. 638-642.
Escultor Santeiro. As Idades da Madeira. Lisboa: IEFP, 1997.
A imaginária religiosa no Porto. Mariana: Atas do II Congresso Internacional do Centro de Estudos de Imaginária Brasileira, 2001.
Grandes mestres escultores santeiros das antigas terras da Maia. Catálogo Mestres artesãos do Século. Lisboa: IEFP, 2002.
Lendo o Barroco. Imaginária Religiosa Barroca em Paredes de Coura. Paredes de Coura: C. M. de Paredes de Coura, 2002. Catálogo.
Imaginária religiosa. Fonte de Culto e Devoção. In, Santos que curam e protegem. Registos devocionais no Concelho de Ovar. Ovar: C. Municipal de Ovar. 2004. Catálogo.
Mestre Guilherme Ferreira Thedim, uma oficina de escultura religiosa em Matosinhos. Matosinhos: C.M.M., 2004.
António José Machado de Teive: O escultor das Capelas de Passos de Ovar – Uma hipótese de trabalho. In, Dunas. Ovar: C. Municipal de Ovar. N.º 4, Nov. de 2004.
Imaginária religiosa das igrejas da Misericórdia e Santo António dos Capuchos de Penafiel. Penafiel: Santa Casa da Misericórdia, 2009. D. Luís visita o Porto. Porto: Revista Fonte, 2015.
Escultura religiosa barroca da região Porto. Porto: Revista Fonte, 2016
Resumo da Conferência
Ao longo dos tempos, a Igreja Católica, herdeira duma cultura artística clássica, usou as imagens como fator de fascínio e encanto que ajudou a concentrar os crentes em momentos de veneração que tiveram, nessa atitude, uma vontade de doutrinar as camadas populares e as levassem a aceitar a nova mensagem, agora concentrada na mensagem evangelizadora de Cristo.
Constituíram as imagens a defesa de valores da Fé, através da devoção, marcando sentidos de espiritualidade e de orientação catequética. As imagens da Virgem, da Vida de Cristo e dos Santos acabaram, enquanto exemplos a seguir, por servir a afirmação da Igreja, como centro de difusão da Boa Nova de orientação Evangélica.
Estas preocupações estiveram nos grandes momentos da História da Igreja:
Estiveram nos primórdios do cristianismo, durante o crescimento da Europa cristã, na arquitetura românica e gótica dos sécs. XI/XVI, e atingiram o apogeu durante o período da Reforma Católica e triunfo da igreja de Roma, no período que convencionamos chamar de Barroco.
Enquanto alternativa à palavra escrita, a imagem cumpriu, ao longo da história da Igreja, uma função catequética e orientadora duma moral Cristã, aglutinadora de todos os grupos duma sociedade de graus culturais demasiados distintos.
O mesmo se aplica hoje, por exemplo, no entusiasmo popular à volta do Culto da Imagem de Nossa Senhora do Rosário de Fátima, que trataremos em especial nesta nossa comunicação.
Abstract
Throughout the ages, the Catholic Church, heir to a classical artistic culture, has used images as a source of fascination and charm that helped believers focusing in moments of worship that had, in this attitude, a will to indoctrinate the working classes and lead them to accept the new message, now focused on the evangelising message of Christ.
The images constituted the defence of the value of Faith, through devotion, marking ways of spirituality and catechetical orientation. The images of the Virgin, of the Life of Christ and of the Saints ended up, as examples to follow, serving the affirmation of the Church as a centre for spreading the Good News of Evangelical orientation. These concerns have been present in the great moments of the Church’s history:
They were in the beginnings of Christianity, during the growth of Christian Europe, in the Romanesque and Gothic architecture of the XV/XVI centuries, and reached their apogee during the period of the Catholic Reformation and the triumph of the Church of Rome, in the period we conventionally call the Baroque.
As an alternative to the written word, the image has, throughout the history of the Church, fulfilled a catechetical and guiding function of a Christian morality, bringing together all the groups of society with very different cultural backgrounds.
The same applies today, for example, to the popular enthusiasm surrounding the cult of the image of Our Lady of the Rosary of Fatima, which we shall deal particularly in this communication.