Carlos A. Moreira Azevedo

Pontificia Commissione di Archeologia Sacra

[Pontifícia Comissão de Arqueologia Sacra], Comité Pontifício de Ciências Históricas

Conferência

A ponderação da mística cristã em Daniel Faria

Nasceu em 1953, em Santa Maria da Feira. Ordenado na diocese do Porto em 1977, obteve o doutoramento na Universidade Gregoriana, em 1986. Exerceu a missão de diretor espiritual do Seminário do Porto (1981-1993) e lecionou teologia espiritual. Foi Professor da Faculdade de Teologia da UCP (1987-2010) e Vice-Reitor da mesma Universidade (2000-2004). Foi Presidente do Centro de Estudos de História Religiosa (1992-2001) e dirigiu a obra Dicionário e História religiosa de Portugal, em 7 volumes. Foi comissário de diversas exposições de arte religiosa. Membro da Academia de História desde 1998, foi bispo auxiliar de Lisboa (2005-2011) e Delegado do Conselho Pontifício da Cultura (2011-2022). É membro da Pontificia Commissione di Archeologia Sacra (2016-) e Delegado do Comité Pontifício de Ciências Históricas (03-12-2022-). Tem mais de uma centena de trabalhos científicos publicados em livros e revistas. Promoveu a construção da Casa Daniel, perto de São Pedro das Águias (Granjinha – Tabuaço), e é presidente do Conselho de Fundadores da Associação Casa Daniel.

Resumo da Conferência

Breve biografia situa o monge-poeta de Baltar (1971-1999) que aproximou pessoalmente e continua literariamente a centrar os leitores na profundidade sábia do Transcendente, “o mistério da citara”.

A valência do seu olhar místico, marcado pela ponderação da linguagem, quase ausente de terminologia religiosa, analisa-se apenas em três dimensões: o silêncio como alimento de um trabalho de busca de interioridade “onde escutamos a palavra / em carne viva”; a claridade como meta da observação permanente da natureza e da arte, “sem materiais suficientes para a luz total”, e a morte como ofício e estilo de vida.

 

 

Abstract

A brief biography of the monk-poet from Baltar (1971-1999) who brought readers closer personally and continues to focus them literarily on the wise depths of the Transcendent, “the mystery of zither”.

The ability of his mystical gaze, marked by the thoughtfulness of language, almost absent of religious terminology, is analyzed in just three dimensions: silence as the nourishment of a search for interiority “where we listen to the word / in living flesh”; clarity as the goal of permanent observation of nature and art, “without sufficient materials for total light”, and death as a craft and lifestyle.

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